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Desabafo sobre Ghost of Tsushima


Ghost of Tsushima é a história de um jovem samurai chamado Jin Sakai. Jin é sobrinho do Jito (Chefe de Estado de Tsushima), que desde a sua infância é órfão, o jovem samurai é o último da linhagem dos Sakai. A sua mãe morre jovem devido a uma doença, o seu pai é morto a sangue frio defendendo o seu lar durante uma guerra com outros samurai de Tsushima, acredito que sejam os samurais de Yarikawa, mais tarde explicarei.



A metragem deste jogo situa-se cronologicamente na época feudal japonesa, diria que fosse durante o século XIII. 



Situamo-nos na batalha de Komoda Beach, onde o exército Mongol prepara-se para atacar a ilha japonesa. Existe uma grande confusão e apenas dois samurai restam como sobreviventes aos olhos da imagem; Lord Shimura (Jito, Tio de Jin Sakai) e Jin (protagonizado pelo jogador), estes correm em direção de um individuo que havia derrotado um samurai num duelo, utilizando técnicas sem honra, desrespeitando a ordem dos Samurai. Samurai é aquele que serve, este serve um número enorme de regras extremamente rígidas. Lord Shimura e Jin cavalgam até Khotun Khan, Jin é derrubado e Shimura capturado. Depois de toda esta ação começamos a história do próprio jogo e aí as coisas ficam sérias.

 


O jogo tem um ambiente cinematografo simplesmente impressionante. O ambiente dramático, a composição da música e a escrita do jogo são uma obra de arte em forma de interpretação própria do jogador, é sem dúvida uma experiência inesquecível.  Algo que reparei durante o jogo é a influencia que tem no nosso “mood” assim como na nossa personalidade, dá muito que pensam sobre os nossos valores. Para além da carnificina de mongóis, também temos várias atividades a explorar as nossas habilidades, temos os pontos de Haiku, os tradicionais poemas japoneses de 17 sílabas (regularmente), consistem em 3 versos nos quais dispomos sempre de 3 opções para os realizar. Temos os “Bamboo Strikes”, que testam os nossos reflexos para nos premiar com mais pontos de determinação. Depois os pilares de honra que nos oferecem kits de katana para personalizarmos a nossa, os templos que testam as nossas habilidades de exploração e escalada e por final os covis das raposas onde temos de seguir uma raposa, por sinal muito fofa e engraçada, para chegar a um templo em que honrando esse mesmo tal como o templo anterior recebemos um amuleto para o nosso persona. 

 


Quanto á minha experiência e avaliação do jogo, acho que é o jogo da consola, assim como The Last of Us o é para a PS3, mais uma vez a Playstation não desiludiu com um exclusivo em ponto nenhum. Chorei, ri, ganhei ódio, senti amor, orgulho, pequena raiva, pequena paixão, nostalgia alheia, curiosidade e acima de tudo fez-me gostar ainda mais da época feudal japonesa e da própria cultura deles.

 


No que diz respeito aos meus momentos preferidos em relação ao jogo, seria a descoberta da vila de Omi, que para mim é local mais bonito do jogo, muito par-a-par com as zonas do castelo Shimura, conhecer a Yuriko, senhora que me criou em conjunto com o Kasumaza (pai de Jin), o momento em que o meu primeiro cavalo falece é algo que me marcou muito, simplesmente desolou-me e foi um vazio no meu coração semelhante a perder alguém próximo, o duelo contra o Khan também foi especial, ceder a vingança da Lady Masako também foi bom, pois o que se sucedeu com o clã Adachi foi trágico, a despedida de Tomoe é um momento lindo, assim como as palavras do Sensei Ishikawa, mas todos estes não conseguem sequer chegar perto ao final do jogo: o último dia com o Lord Shimura, o contraste da ajuda e do apoio de um para o outro para depois o duelo no cemitério Sakai foi uma cena altamente emocional e um dos dois momentos que me trouxe a lagrima ao olho, tanto por tristeza num momento como de felicidade no seguinte.

 


Spoiler Alert da minha jornada: Nunca na vida teria matado o Jito, mesmo depois de verificar o que acontecia, que me traz uma lágrima ao olho também, mas ter poupado a vida dele e me assumir finalmente como o Ghost of Tsushima foi um momento inatingível, é um showdown ending de classe mundial, fiquei orgulhoso com aquela decisão. 

 

Adorei todos os contos míticos e o grafismo sempre que o Yamato contava essas histórias, não posso dizer o mesmo dos ensaios do homem na guitarra, Yamato, devias ficar á capella homem!

 

O Photo Mode é incrível, tem algumas opções que simulam uma camara fotográfica que para entusiastas da fotografia é excelente e de realçar a qualidade com funcionam realisticamente. Todas as fotos do post foram tiradas por mim, dentro do jogo!

 

Adorei o romance entre a ladra e o Samurai.

 


Por fim, queria deixar os meus respeitos á Sucker Punch pelo trabalho incrível, deixar os meus sentimentos pela morte de Taka e Kage, meus amigos e meus companheiros nesta aventura, agradecer também ao Tomás por me proporcionar o jogo e ao Pires e Magalhães por me terem chateado este tempo todo, com razão, para arranjar esta obra prima. 

 

Agora se não se importam vou-me armar em Samurai e escrever uns haikus e partilhar no meu Twitter! Espero que gostem do artigo e do meu blog, vou tentar postar mais coisas por aqui!



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