Hoje, dia 15 de fevereiro de 2021, a equipa de Fórmula 1, McLaren, apresentou-nos o seu monolugar para a seguinte temporada que está prestes a ser disputada.
O MCL35M variante do MCL35 de 2020, é a nova versão do carro da marca inglesa, agora com uma unidade motorizada da Mercedes.
Apesar deste protótipo parecer muito semelhante ao seu condescendente manufaturado pela Renault, existem várias diferenças entre estes.
- Entrada de ar abaixo do main intake desaparece.
- Nose de perfil Mercedes (W10).
- Suspensão traseira com uma nova configuração.
- Suspensão dianteira também, ainda que um pouco menos radical.
- Capa do sistema de alta performance motorizado mais inbutido na estruturação do monolugar.
- Asa traseira mais comprida, suporte novo.
- Intakes de ar virado para cima, um pouco mais afastados a um ângulo raso agora.
- O novo badgeboard do chassis McLaren é mais simplificado, respondendo aos regulamentos para 2021.
- Maior uso do “Boomerang”. Implementada em 2019 pela McLaren. Que passarei a explicar na aula de hoje:
Com o efeito da asa boomerang entendemos que paradoxalmente, o boomerang é perfilado de modo a criar uma elevação no lift, em vez de downforce.
O oposto da downforce, o lift, é criado quando o ar que flui pela superfície do corpo cria uma força para cima. O lift é inevitavelmente criado em torno de algumas das superfícies da carroceria de um carro de F1, sendo as superfícies superiores dos sidepods geralmente as que mais contribuem. O lift é mais do que cancelado pela força descendente das asas e da parte inferior da carroceria, mas os aerodinamicistas ainda costumam dedicar muito tempo e esforço para minimizar ou erradicar este mesmo.
O lift cria uma bolha de alta pressão em torno dele - o ar que flui através das guided vanes do badgeboard para o exterior que fica difícil de evitar. Esta vinda para o exterior, através destas "vanes" no fundo-plano é exatamente o que os aerodinamicistas estão tentando fazer com que o fluxo de ar daquela área faça - então esta bolha de pressão aumenta esse efeito. Com o ar a passar pela suspensão para a área do badgeboard, naturalmente querendo girar fortemente para o exterior para evitar a área de alta pressão, as guided vanes podem ser anguladas de forma mais agressiva para ajudar a fazer isso, sem se soltarem, obviamente. Isso, por sua vez, aumenta o fluxo de saída em torno do lado exterior do pneu dianteiro. Ao encontrar e fortalecer esse fluxo, evita-se assim que ele interfira com o fluxo de ar que desce pelos lados do corpo que está sendo canalizado para a parte superior e laterais do difusor, como para aumentar o fluxo de ar underbody. Quanto mais fortemente separado o fluxo de saída puder ser feito daquele que flui pelas laterais da carroceria, mais tempo esses fluxos permanecerão separados conforme a velocidade do carro diminui, aumentando assim a força descendente de baixa velocidade em particular. Esta é a básica funçaõ do efeito Boomerang nas wings, é bem possível ver isto numa slow-motion!
- O braço da asa traseira vem já testado do ano passado, semelhante ao do RP20 e do W10.
A nova dupla de pilotos vai ser o já piloto da marca britânica pelo 3º ano consecutivo, Lando Norris, e o australiano que leva consigo 7 vitórias e uma carrada de pódios na categoria, Daniel Ricciardo.
Com isto, temos um novo projeto da McLaren associado á Mercedes, como irá correr? Sexta-feira temos o reveal da Alpha Tauri.
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