Avançar para o conteúdo principal

NOVA GERAÇÃO, MESMO ESPÍRITO. RED BULL LANÇA O RB18


Nesta tarde de 9 de fevereiro a Red Bull Racing lançou o seu novo livery através de um evento que ocorreu a partir de streaming na sua plataforma relacionada a equipa 4x campeão do mundo na Fórmula 1. Esta foi uma maquete, mas nós gostamos de aprender então analisamos o modelo na mesma!

Numa cerimónia onde os fãs puderam interagir e ganhar alguns benefícios através de convite ou apenas o acaso de estarem presentes,  a equipa de Milton Keynes, mostrou o seu próximo concorrente para a batalha de 2022. A transmissão começou com uma mensagem dos pilotos e do staff e de seguida tomou posse a informação de que a equipa assinou um contrato com a marca Oracle para name partner. Fala-se do calendário e da nova temporada até que chegamos ao grande momento. Com o abanão destes regulamentos em relação ao chassis e à filosofia aerodinâmica, os homens comandados por Christian Horner pretendem tirar o maior partido das inovações que são agora precisas. Vejamos então com mais detalhe os principais aspetos do RB18. 


Aqui podemos ver o cone frontal, as laminas da asa frontal, os braços da suspensão e as condutas dos travões, ora bem, começando pela asa, assim como na Haas, temos uma estrutura mais simples e mais curvada do que o habitual, podemos começar a ver um padrão a reparar em todos os novos monolugares. Em relação aos braços da suspensão frontal é possível ver uma ordenação mais direta, contudo, não mais simples que antigamente. Conseguimos identificar novas 'barbatanas' na zona dos braços inferiores e pequenos contornos para obter um fluxo de ar a criar mais força descendente. Por fim, na zona da conduta do travão, descobrimos a nova secção de análise, a 'jante interior'. Esta peça é feita para cobrir a entrada de ar para os travões, permitindo assim às equipas criar alguma peça que possa dar vantagem, tal como o Haas o formato desta 'barbatana' é algo triangular, talvez à procura de dissipar o calor para cima, aquecendo possivelmente os pneus através da energia libertada, aquando da sua necessidade. 



Nesta imagem é fácil de notar nos detalhes da zona da capa do motor. O pequeno corte angular antes do tubo de escape a empurrar a corrente aérea para os lados sem que esta suba, juntando à energia e fluxos libertados pelo escapeamento cria o que será o 'dirty air'. 



A nova asa traseira ainda contará com o apoio do mecanismo de DRS, porém, a sua relevância para a corrida está a ser analisada para o decorrer da temporada de 2022. O feedback das equipas e os dados recolhidos para o gabinete de Jo Bauer, vão, mais tarde, ser analisados para decidir o futuro do processo que ajudou as ultrapassagens dos últimos 12 anos. A forma mais 'simplista' e 'curvada' desta asa irá permitir um processo de desenvolvimento muito interessante na zona traseira dos monolugares. Arrisco a anunciar que será, muito provavelmente, a área de desenvolvimento mais importante, 'aerodinâmicamente' falando. 



Tanto as novas endplates como as jantes de 18'' estão com um aspeto incrível. Não existe muito a analisar, é de notar a pequena peça a dividir o fluxo para longe da roda, como estamos habituados a ver em todos os anos anteriores, apenas desta vez, encontra-se bem mais acima. É também pretendido pela Red Bull enviar os fluxo por cima do pneu (veja-se a inclinação da pequena peça abaixo do autocolante Mobil 1), existirão problemas em aquecer estes pneus? Reside mais uma questão para a pré-temporada.

Lá voltaremos a analisar este Red Bull e o seu comportamento em relação aos outros carros. Obrigado e até amanhã no lançamento da Aston Martin.

Artigo por: Ricardo Faria

Comentários

Mensagens populares deste blogue

EVANS O IMPERADOR ROMANO, ATACA NOVAMENTE

  Mais uma corrida, mais uma vitória de Evans, que mais dizer? O homem tem uma história de amor nesta cidade em que nada é platónico. Com a pole position em Jean-Éric Vergne, que depois acaba num terceiro lugar, o Francês, leva então com ele a liderança do campeonato na antecipação ao Mónaco.  Depois de uma infeliz primeira corrida, Félix da Costa volta a deixar o rumo da corrida pô-lo numa situação complicada. O campeonato está ao rubro, existem disputas e recuperações para ser feitas. O desenvolvimento destes monolugares voltam a dar voltas e voltas na grelha, exatamente como a Fórmula E nos tem habituado.  A próxima disputa está marcada no principiado, onde voltaremos com mais uma corrida celeremente entusiasmante.  Artigo por: Ricardo Faria Direitos de Imagem: Sam Bloxham / LAT Images

MAX MAX SUPER MAX, IMOLA DÁ UMA VOLTA AO CAMPEONATO

  Mais um Grande Prémio em Itália, desta vez, não em Monza mas no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Imola. Com muita expectativa para a Ferrari e para Charles Leclerc, que por momentos no Sprint tomou a liderança sobre Max Verstappen que acabou por vencer confortavelmente este domingo. De começo a Ferrari pareceu dar o brilho aos Tifosi quando na primeira sessão de treinos obteve uma vantagem de 0,9 segundos para o segundo classificado dessa prova cronometrada. No entanto, nem é tudo é o que parece, o ritmo de corrida dos Red Bull mostrou-se super forte, associado também ao poder em reta do RB18. Toda a corrida pela liderança foi um pouco morta até ao instante onde Leclerc na perseguição a Perez, que acabou em segundo lugar dando o primeiro 1-2 à Red Bull desde 2016, perdeu controlo do seu monolugar, tendo de substituir a asa e os pneus que ficaram com um 'flat spot'. No pelotão, existiu uma batalha de 63+21 voltas entre Lewis Hamilton e Pierre Gasly, onde nenhum trocou de posi...

KALLE DA PEDRA SENTADA, NÃO EM FAFE MAS NA LIDERANÇA DO CAMPEONATO

  Kalle Rovanperä at Fafe - Janus Ree / Red Bull Content Pool No domingo à tarde, Kalle Rovanperä venceu a sua terceira corrida do Campeonato Mundial de Ralis da FIA consecutiva em Portugal, assumindo a liderança na classificação por pontos. Nos dois primeiros dias do Vodafone Rally de Portugal, o finlandês seguiu o líder de longa data e companheiro de equipa Toyota GR Yaris Elfyn Evans antes de ultrapassar o galês no sábado à noite. Vencendo por 15,2 segundos depois de ter prolongado uma vantagem magra na etapa final. A vitória de Rovanperä na primeira prova de gravilha da época seguiu-se a vitórias sobre a neve e o gelo da Suécia e sobre o asfalto da Croácia. Agora lidera o campeonato por 46 pontos após quatro das treze rondas. A vitória pareceu improvável este fim de semana para Rovanperä, que começou a prova de abertura de sexta-feira em primeiro lugar da ordem. Suavizando os caminhos arenosos para dar mais tracção aos que seguiam, mas o jovem de 21 anos evitou dificuldades nos...